PERCEPÇÕES DE UMA PROFESSORA DE LÍNGUA PORTUGUESA EM SITUAÇÃO DE AUTOCONFRONTAÇÃO SOBRE O TRABALHO COM O TEXTO MULTISSEMIÓTICO NO ENSINO MÉDIO

Samya Semião Freitas, Pollyanne Bicalho Ribeiro, Fernanda de Castro Modl

Resumo


Este artigo analisa percepções de uma professora de língua portuguesa do Ensino Médio da rede pública cearense sobre o ensino com o texto multissemiótico, deflagradas por uma sequência formativa, disparada pelo dispositivo da autoconfrontação. Esse método de geração de dados é tomado como um instrumento motriz para o desenvolvimento de uma Sequência Formativa (SF) (RIBEIRO; BASTOS, 2019), que contemple demandas genuínas do coletivo de professores sobre o trabalho com o texto multissemiótico. Tomamos, como corpus de análise, cenas elucidadas no âmbito da autoconfrontação, apontadas como relevantes pela professora-protagonista. Recorre-se, como arcabouço teórico, à noção de enunciado concreto cunhada pela Teoria Dialógica do Discurso (BAKHTIN, 2011, 2014, 2015, 2018; VOLOCHINOV, 2017). Adota-se, ainda, a perspectiva dos Multiletramentos (ROJO; MOURA, 2012; ROJO; BARBOSA, 2015; ROJO; MOURA, 2019); e a do trabalho prescrito, realizado e real (CLOT, 2006). Constatamos que, além de estimular a discussão sobre demandas legítimas do coletivo de trabalho, visto que a professora-protagonista assume a condição de membro, a SF proposta, a partir do dispositivo da autoconfrontação, fomenta a valorização das experiências dos professores, da reflexão e da (re)criação da prática.

Palavras-chave


Análise Dialógica do Discurso; Trabalho Docente; Autoconfrontação; Texto multissemiótico.

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DOI: http://dx.doi.org/10.22410/issn.1983-0378.v44i1a2023.3355

Direitos autorais 2023 Samya Semião Freitas, Pollyanne Bicalho Ribeiro, Fernanda de Castro Modl

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