PERCEPÇÕES DE UMA PROFESSORA DE LÍNGUA PORTUGUESA EM SITUAÇÃO DE AUTOCONFRONTAÇÃO SOBRE O TRABALHO COM O TEXTO MULTISSEMIÓTICO NO ENSINO MÉDIO
Resumo
Este artigo analisa percepções de uma professora de língua portuguesa do Ensino Médio da rede pública cearense sobre o ensino com o texto multissemiótico, deflagradas por uma sequência formativa, disparada pelo dispositivo da autoconfrontação. Esse método de geração de dados é tomado como um instrumento motriz para o desenvolvimento de uma Sequência Formativa (SF) (RIBEIRO; BASTOS, 2019), que contemple demandas genuínas do coletivo de professores sobre o trabalho com o texto multissemiótico. Tomamos, como corpus de análise, cenas elucidadas no âmbito da autoconfrontação, apontadas como relevantes pela professora-protagonista. Recorre-se, como arcabouço teórico, à noção de enunciado concreto cunhada pela Teoria Dialógica do Discurso (BAKHTIN, 2011, 2014, 2015, 2018; VOLOCHINOV, 2017). Adota-se, ainda, a perspectiva dos Multiletramentos (ROJO; MOURA, 2012; ROJO; BARBOSA, 2015; ROJO; MOURA, 2019); e a do trabalho prescrito, realizado e real (CLOT, 2006). Constatamos que, além de estimular a discussão sobre demandas legítimas do coletivo de trabalho, visto que a professora-protagonista assume a condição de membro, a SF proposta, a partir do dispositivo da autoconfrontação, fomenta a valorização das experiências dos professores, da reflexão e da (re)criação da prática.
Palavras-chave
Análise Dialógica do Discurso; Trabalho Docente; Autoconfrontação; Texto multissemiótico.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.22410/issn.1983-0378.v44i1a2023.3355
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